Ouça entrevista com Marcos Etchegoyen, diretor presidente da Cetelem, que fala sobre as oportunidades criadas pela ascensão da classe C.
O consumidor brasileiro compra cada vez mais roupas. De acordo com a pesquisa O Observador 2011, a compra de vestuário cresceu 19% em 2010, na comparação com 2009, com 70% dos entrevistados dizendo que adquiriram roupas no período de 90 dias anterior à realização do levantamento. As classes DE “perderam” 19 milhões de brasileiros comparando com os resultados de 2009 e se tornaram apenas 25% da população nacional. Trata-se de pessoas que se dizem “entusiasmadas” com o Brasil atual e projetam a continuidade de seu crescimento.
Com isso, conseguiram poupar mais em 2010 do que em 2009 e indicaram que querem consumir mais em 2011, com destaque para celulares, motos e carros. No quesito veículos, os números enfatizam uma disposição de deixar de utilizar o transporte coletivo: a intenção de compra em 2011 é 80% maior do que foi no ano anterior.
Além disso, as classes DE ainda desejam adquirir muitos outros produtos, com destaque para os eletrodomésticos (23% a mais do que em 2010). Essas aquisições, segundo a pesquisa, serão realizadas preferencialmente em lojas, pois ainda é pequena a parcela de pessoas que compram online. Porém, quando o fazem, preferem os sites com layout simples e dão boas-vindas aos brindes e prêmios como incentivo para comprar.
Esses números são o resultado de uma grande mobilidade social nos últimos anos no Brasil, acentuada em 2010, ano em que 30 milhões de brasileiros deixaram as classes DE e subiram para a classe C.
Enquanto a população cresceu 5,35% de 2005 a 2010, as classes AB inflaram 59,70% e a classe C cresceu 62,12%. Num movimento oposto, as classes DE tiveram redução de 48,41% no período. Quase 45 milhões de brasileiros saíram das classes DE nesses cinco anos.





