Os principais itens que compõem o prato básico dos brasileiros ficaram mais caros em agosto. Dados do levantamento do IBGE para cálculo do IPCA (a inflação oficial) mostram que ficaram mais caros em agosto o arroz (1,82%), feijão carioca (0,58%), feijão preto (0,37%), carnes (1,84%), frango (2,74%), pescados (1,76%) e linguiça (1,48%).
"Houve alta no arroz, no feijão, na carne, no pescado, ou seja, na típica refeição do brasileiro. São produtos importantes que aumentaram em agosto", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
Também subiram os preços do açúcar cristal (3,90%), açúcar refinado (3,22%), leite pasteurizado (1,83%), café moído (1,42%), ovos (0,60%) e pão francês (0,63%), segundo o levantamento mensal do IBGE.
Os gastos médios do consumidor com educação, convênio médico e assinatura de TV a cabo ficaram no ano passado abaixo do nível alcançado em 2007, segundo a pesquisa O Observador 2011.
O levantamento revelou que o dispêndio mensal médio com convênio médico foi de R$ 127 na mais recente pesquisa, em comparação a R$ 119 em 2009 e R$ R$ 114 em 2008. Em 2007 o gasto médio com esse item foi de R$ 152.
Tendência semelhante foi constatada na pesquisa em relação à assinatura de TV a cabo. A média, nesse item, foi de R$ 67, em comparação a R$ 66 em 2009 e R$ 64 em 2008. O nível mais alto também nesse caso foi alcançado em 2007 – R$ 79.
Em educação, o gasto médio mensal somou R$ 274 no ano passado, de acordo com O Observador 2011, em comparação a R$ 278 em 2009, R$ 273 em 2008 e R$ 299 em 2007.
O gasto com seguros saltou para R$ 231 em média no ano passado, em comparação a R$ 124 em 2009, de acordo com a pesquisa O Observador 2011. Foi o nível mais alto de gastos com esse item desde que o levantamento começou a ser realizado no Brasil, em 2005.
No entanto, a distribuição de gastos com seguro por região e por classe de renda mostra que as companhias do setor ainda têm grandes fatias de mercado a conquistar. No Nordeste, o dispêndio médio mensal com esse item foi de apenas R$ 9, em comparação a R$ 301 no Norte/Centro-Oeste, R$ 236 no Sudeste e R$ 140 no Sul, segundo a pesquisa.
Na divisão por classes de renda a diferença também é grande. O gasto médio mensal da classe AB com seguros foi de R$ 275 no período, em comparação a R$ 146 da classe C e apenas R$ 5 na DE, segundo a pesquisa O Observador.
O consumidor continua indo às compras, como mostrou pesquisa mensal realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o levantamento, as vendas no varejo cresceram 7,3% de janeiro a julho deste ano na comparação com igual período de 2010. No período de 12 meses, o volume de vendas do varejo cresceu 8,5%.
Nos resultados sobre o mês anterior com ajuste sazonal, oito das dez atividades registraram variações positivas em volume de vendas, destacando-se móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 4,1%; seguida por hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,6%);artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,1%);livros, jornais, revistas e papelaria (1,1%); veículos e motos, partes e peças (0,9%); combustíveis e lubrificantes(0,8%); material de construção (0,6%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,6%).
As variações negativas, segundo o IBGE, aconteceram em julho em equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,5%); e em tecidos, vestuário e calçados (-2,9%).
O consumo das famílias cresceu 5,5% de abril a junho, em comparação ao segundo trimestre de 2010, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A alta foi influenciada pela elevação de 6,5% da massa salarial real e do crescimento de 18,6% nas operações de crédito para pessoas físicas.
No entanto, o ritmo de crescimento do consumo das famílias está menor, a exemplo do restante da economia, conforme os números relativos ao PIB (Produto Interno Bruto). O desempenho no segundo trimestre foi o menos significativo desde o terceiro trimestre de 2009. Naquele período, o consumo das famílias avançou 4,3%.
No acumulado do primeiro semestre do ano, o consumo das famílias cresceu 5,7%, na comparação com o intervalo de janeiro a junho de 2010.
"O consumo das famílias segue em ritmo crescente, e está absorvendo as importações", comentou a gerente de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Os sites de compras coletivas estão na mira dos consumidores, segundo a pesquisa O Observador 2011. O levantamento mostrou que 25% dos entrevistados consideram os sites de compras coletivas como o futuro do consumo de produtos e serviços pela internet, e que 15% acham que esses sites “são a melhor forma de compras que já vi”. Além disso, 14% disseram que costumam usar redes sociais como Orkut, Twitter e Facebook para se informar sobre promoções de produtos.
Na outra ponta, o estudo constatou que 39% ainda não confiam nos sites de compras coletivas e que 17% gostariam de ter maior variedade de produtos e serviços oferecidos nessa alternativa de consumo.
A classe AB é a que mais aposta nos sites de compra coletiva como o futuro do consumo pela internet: 38% das pessoas dessa classe fizeram essa previsão. Na classe C, a porcentagem foi de 25% e na DE a proporção foi de 17%.
Os consumidores da região Sul são os que mais se sentem seguros para fazer compras financiadas de produtos voltados para a alimentação – 98% dos que moram na região se dizem tranquilos ao optar pelo financiamento na aquisição desses itens e 88% não temem financiar suas compras de roupas. Os dados são da pesquisa O Observador 2011.
O Sul lidera também na segurança quanto à compra financiada de produtos como televisão (66% declararam não se preocupar com o financiamento ao adquirir TVs), fogão (65%) e geladeira (64%). Quando se trata de adquirir um carro, no entanto, os moradores da região ficam em terceiro lugar, com 22%, atrás do Norte/Centro-Oeste (33%), Sudeste (30%) e Nordeste (7%).
O Norte/Centro-Oeste se mostra mais confiante no consumo via financiamento do que o Sudeste nos seis itens pesquisados (alimentação, roupas, televisão, fogão, geladeira e carro) e o Nordeste é o que tem maior resistência à compra financiada de todos esses produtos.