Os gastos com higiene pessoal e saúde representam 8% do consumo dos brasileiros este ano, o que equivale a R$ 187 bilhões. Os dados são da pesquisa do Projeto Farma/Cosméticos, que revelou também que cerca de R$ 70 bilhões são destinados à compra de medicamentos.
Neste ano, para as demais despesas com saúde os brasileiros gastaram aproximadamente R$ 68 bilhões até agora. Esses gastos incluem planos de saúde, consultas médicas e de dentistas, tratamentos ambulatoriais, hospitalização, exames e cirurgias, entre outras.
Segundo o levantamento, os gastos com produtos e serviços de cuidados pessoais, que incluem produtos de higiene e cosméticos, somaram R$ 48,8 bilhões este ano.
O Sudeste lidera os gastos com saúde e higiene pessoal, com 54,54% do total. A região Nordeste fica na segunda posição, com fatia de 18,2% do total.
Os consumidores brasileiros estão, de maneira geral, cada vez mais empenhados em poupar. Dados da pesquisa O Observador 2011 revelam que a proporção dos entrevistados que pouparam aumentou de 6% do levantamento anterior para 8% no estudo mais recente.
Na divisão por classes de renda, a porcentagem dos que guardaram dinheiro na faixa AB cresceu de 10% para 15% no período, enquanto na classe DE o aumento foi de 1% para 3%. Entre os entrevistados da classe C, no entanto, a fatia de poupadores teve redução de 8% para 7%.
Quando se faz a divisão por regiões, o grupo de poupadores cresceu no Nordeste (de 3% para 5%), no Norte/Centro-Oeste (de 8% para 9%) e principalmente no Sudeste, onde a elevação foi de 6% para 10%. A única região do País em que a fatia de poupadores teve redução foi o Sul, de 8% para 7%, segundo a pesquisa.
A compra parcelada de roupas e calçados foi a principal causa de inadimplência dos consumidores. Segundo pesquisa realizada pela Boa Vista Serviços e pela Associação Comercial de São Paulo, 26% dos entrevistados afirmaram em setembro que o consumo daqueles produtos resultou em inadimplência. O porcentual foi de 21% em setembro de 2010, de acordo com o levantamento.
O estudo mostrou que eletrodomésticos foram apontados como segunda maior causa de inadimplência, com 19% do total. Em seguida apareceram empréstimo pessoal e alimentação, ambos com 10%.
A pesquisa revelou também que 63% dos entrevistados pretendem quitar seus débitos nos próximos 30 dias, e que 85% deles vão usar o salário para pagar suas dívidas, cortando gastos para poder saldar seus compromissos.
Os consumidores da região Norte/Centro-Oeste são os que têm mais sobra de dinheiro no final do mês. A pesquisa O Observador mostrou que 24% dos entrevistados da região declaram que ainda têm recursos em caixa no final do mês. No Sudeste e no Sul a porcentagem dos que têm essa disponibilidade de dinheiro foi a mesma (19%) e no Nordeste a proporção foi de 14%.
Na divisão por classes de renda, o resultado seguiu a lógica: a maior proporção de entrevistados que ainda contam com recursos no final do mês foi encontrada na classe AB, com 24%, vindo em seguida a classe C (19%) e a DE (12%).
No geral, ou seja, levando-se em conta as respostas de entrevistados de todas as classes sociais e de todas as regiões, a porcentagem dos que afirmam ter dinheiro no final do mês foi de 18%, de acordo com os dados da pesquisa O Observador.
O saldo de crédito para compra de veículos somou R$ 197,4 bilhões em agosto, um crescimento de 14,7% na comparação com agosto de 2010. As operações incluem leasing e crédito direto ao consumidor e os dados são da Anef (Associação Nacional de Empresas Financeiras de Montadoras).
Ao contrário do que aconteceu em meses anteriores, o percentual de aumento dos empréstimos para aquisição de veículos superou o resultado da comparação entre 2009 e 2010 (sempre para o mês de agosto).
Apesar do desempenho de agosto, a Anef prevê que haverá desaceleração do crédito para aquisição de veículos nos próximos meses. Mesmo assim, a estimativa é que o total deste ano supere em 10% o volume de 2010.
No crédito direto ao consumidor o aumento do total de empréstimos para compra de carros subiu 36,5% em agosto, em relação ao mesmo mês de 2010. O leasing para pessoa física, no entanto, recuou 35,7% no período.
A renda média familiar dos consumidores que fazem compras pela internet teve queda desde 2005, como mostra a pesquisa O Observador 2011. Há seis anos, quando foi realizado o primeiro levantamento O Observador no Brasil, essa renda era de R$ 4.013,28 e o número caiu para R$ 2.684,74 no estudo divulgado este ano. O dado pode ser interpretado como crescimento da participação dos compradores de menor renda no consumo via computador.
Depois de ter alcançado o pico em 2005, a renda familiar do internauta consumidor teve redução em 2006, quando a média foi de R$ 3.819,09, seguido por 2007 com R$ 3.632,00 e, de maneira mais acentuada, em 2008 com R$ 2.425,69. Houve elevação em 2009, para R$ 2.737,63, e novo recuo na pesquisa mais recente.
Além disso, a porcentagem dos pesquisados que disseram já ter comprado pela internet cresceu de 16% em 2005 para 20% em 2010.
Estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que a confiança do consumidor voltou a cair em setembro. O recuo foi de 3,4%, depois da redução de 4,6% em agosto.
A queda da confiança foi maior em relação à situação atual do que sobre o futuro. O Índice de Situação Atual, segundo a FGV, teve retração de 4,1% em setembro e o Índice de Expectativas recuou 2,9%.
Além disso, a pesquisa da FGV mostrou que a proporção de consumidores que espera melhora da situação financeira da família nos próximos seis meses caiu de 33,7% em agosto para 28,7% este mês. A porcentagem dos que preveem piora da situação financeira no período também diminuiu, de 4,7% para 3,5%, na comparação mensal.
A FGV prevê que nas próximas pesquisas sobre a confiança o consumidor vai continuar “em patamar moderado, em linha com a desaceleração esperada para a atividade doméstica no segundo semestre deste ano”.
Os gastos dos brasileiros com telefonia ficaram estáveis em relação aos celulares, e subiram quando se trata de aparelhos fixos. A pesquisa O Observador 2011 mostrou que o gasto médio mensal com celulares ficou no mesmo nível (R$ 35) do ano anterior, enquanto na telefonia fixa a despesa média cresceu para R$ 84, em comparação a R$ 75 em 2009.
Levando em conta dos dados da pesquisa O Observador em seis anos (o levantamento começou a ser feito em 2005 no Brasil), o gasto com celular teve redução. Em 2005, a despesa média com telefonia móvel foi de R$ 37 e o “pico” foi alcançado no ano seguinte, com R$ 43. Como a pesquisa levanta dados nominais, ou seja, sem levar em conta a inflação, a redução real foi ainda maior.
Na telefonia fixa, a despesa média dos brasileiros teve pequeno aumento na comparação com 2005, quando o gasto declarado foi de R$ 82. Não houve grande variação nesse item em seis anos, já que o “pico” de gasto foi de R$ 85, em 2007 e em 2008.