A pesquisa O Observador 2011 mostrou que, por regiões do País, houve queda na sobra de dinheiro apenas no Norte/Centro-Oeste, de R$ 290 no ano anterior para R$ 234 no levantamento mais recente.

O consumidor brasileiro continua a dar preferência ao pagamento à vista, mas em três casos essa escolha tem sido cada vez menos frequente: na compra de motos, de carros e de propriedades. A queda maior foi na aquisição de propriedades, em que apenas 8% se disseram propensos a pagar à vista, em comparação a 17% em 2009 e a 22% em 2008, de acordo com a pesquisa O Observador 2011, realizada no final de 2010.
Na compra de carro, o índice também vem caindo ano a ano, segundo a pesquisa. No ano passado, 14% dos entrevistados disseram que pretendem comprar seu automóvel à vista, contra 15% em 2009 e 22% em 2008.
Também na aquisição de motos os entrevistados optam cada vez menos pela compra à vista – na mais recente  pesquisa, 16% afirmaram que optarão por essa forma de pagamento, índice que foi de 20% em 2009 e de 19% em 2008.
Nos itens de menor valor a tendência é diferente. A compra de telefone celular, por exemplo, será à vista segundo  52% dos pesquisados em 2010, proporção que era de 50% em 2009 e de 38% em 2008.

A classe AB, que tem sido pouco lembrada depois da recente ascensão das classes C e DE,tem sua maior despesa na prestação da casa própria (R$ 517), seguida pelo pagamento de crédito bancário (R$ 385). Os números, da pesquisa O Observador 2011, revelam também que o topo da estratificação social teve despesa de R$ 384 em média com educação e de R$ 288 no pagamento de prestações em lojas. Essas despesas estão muito acima das registradas pelas outras classes sociais, principalmente com educação, em que a classe C gasta R$ 193 em média e a DE, R$ 120.

Apesar dos gastos, a classe AB é a que enxerga o futuro do Brasil com mais otimismo - 46% optaram por essa palavra para descrever seu sentimento quanto ao País, em comparação a 44% da classe C e 37% da DE. Também é forte na classe AB o sentimento de preocupação em relação às perspectivas do País, apontado por 29% dos entrevistados dessa categoria.

Para 2011 a classe AB aumentou sua previsão de compra de itens relacionados a decoração (30% em comparação aos 24% do ano anterior) e também planeja comprar propriedades (20%, contra 14% no levantamento anterior).